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<p>Os <strong>Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)</strong> das Nações Unidas constituem um conjunto de 17 metas interligadas que visam delinear um futuro mais justo, inclusivo e ambientalmente responsável para todos. Entre estes objetivos, vários estão diretamente relacionados com a transformação dos sistemas alimentares globais, elemento crucial para garantir que a crescente população mundial tenha acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes de forma sustentável.</p><blockquote><h2>Embora a produção de alimentos tenha aumentado de forma significativa nas últimas décadas, ainda há milhões de pessoas que passam fome ou sofrem de má nutrição.</h2></blockquote><h3>A<strong> Importância dos Sistemas Alimentares</strong> no Contexto dos ODS</h3><p>O sistema alimentar engloba todas as etapas, desde a produção, processamento e distribuição de alimentos, até ao consumo e descarte dos desperdícios alimentares. A forma como produzimos e consumimos alimentos influencia diretamente a saúde das pessoas, o equilíbrio dos ecossistemas e a prosperidade económica das comunidades. Nesse sentido, os ODS reconhecem a necessidade urgente de transformar os sistemas alimentares para que sejam capazes de fornecer alimentos de modo equitativo e sustentável.</p><h3><strong>Segurança Alimentar</strong></h3><p>Um dos objetivos fundamentais dos ODS é a erradicação da fome, bem como a garantia de segurança alimentar e melhoria da nutrição. Embora a produção de alimentos tenha aumentado de forma significativa nas últimas décadas, ainda há milhões de pessoas que passam fome ou sofrem de má nutrição. Esta contradição revela que a mera expansão da produção não é suficiente: é necessário assegurar uma distribuição justa e eficiente, de forma a que todas as populações tenham acesso a alimentos suficientes e de qualidade.</p><figure id="figure-jrlu2j229im8j2u8jc"><img id="jrlu2j229im8j2u8jc" src="https://media.gettyimages.com/id/1765329424/pt/foto/weekly-supermarket-shopping.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=XMmtnlxITPOmffha7_gW9nGlukShWANOMXZbCxjlFms=" alt="Compras semanais no supermercado" title="Compras semanais no supermercado" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/1765329424/pt/foto/weekly-supermarket-shopping.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=XMmtnlxITPOmffha7_gW9nGlukShWANOMXZbCxjlFms=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>Nesta perspetiva, os ODS salientam a importância de práticas agrícolas sustentáveis que, para além de procurar o aumento da produtividade, protejam o ambiente e melhorem a qualidade de vida dos agricultores e das comunidades rurais. A promoção de métodos de cultivo que preservem a fertilidade dos solos, reduzam o uso de químicos nocivos e valorizem o conhecimento local é fundamental para criar cadeias de abastecimento mais resilientes e adaptadas às mudanças climáticas.</p><h3>Redução do Desperdício de Alimentos</h3><p>Uma das metas cruciais dos ODS ligados à alimentação é a redução substancial do desperdício de alimentos ao longo de toda a cadeia de valor. Dados recentes indicam que cerca de um terço dos alimentos produzidos a nível global acaba por se perder ou ser desperdiçado, o que representa não só uma crise ética e económica, como também um enorme desafio ambiental.</p><p>Para combater este problema, os ODS incentivam os governos, empresas e consumidores a adotarem estratégias que tornem a cadeia de abastecimento mais eficiente. Iniciativas como o aperfeiçoamento da logística de transporte e armazenamento, a implementação de campanhas de sensibilização e a promoção do consumo consciente podem contribuir para minimizar o desperdício. A recuperação e redistribuição de excedentes alimentares são igualmente estratégias importantes para garantir que alimentos em perfeitas condições cheguem a quem precisa, reduzindo paralelamente a pegada ecológica do setor.</p><blockquote><p>Uma das metas cruciais dos ODS ligados à alimentação é a redução substancial do desperdício de alimentos ao longo de toda a cadeia de valor. Dados recentes indicam que cerca de um terço dos alimentos produzidos a nível global acaba por se perder ou ser desperdiçado,</p></blockquote><h3>Inovações Tecnológicas e Sustentabilidade</h3><p>A transformação dos sistemas alimentares também passa pela incorporação de inovações tecnológicas que possibilitem uma utilização mais racional dos recursos naturais e uma maior resiliência face às mudanças climáticas. As tecnologias como a inteligência artificial podem ter um papel fundamental ao serem aplicadas para prever fenómenos meteorológicos extremos, otimizar o uso de água e fertilizantes e melhorar a gestão de pragas. Já a agricultura de precisão e as soluções de cultivo urbano (como as hortas verticais) representam soluções importantes para aumentar a produção alimentar em espaços reduzidos e com menores impactos ambientais.</p><p>Estas soluções tecnológicas não se restringem apenas à fase de produção. As plataformas digitais podem melhorar a logística de distribuição, facilitando a ligação direta entre produtores e consumidores e reduzindo a distância que os alimentos percorrem, com consequentes benefícios económicos e ambientais. No fundo, a tecnologia desempenha um papel cada vez mais central na construção de sistemas alimentares mais sustentáveis, inclusivos e eficientes.</p><blockquote><p>As tecnologias como a inteligência artificial podem ter um papel fundamental ao serem aplicadas para prever fenómenos meteorológicos extremos, otimizar o uso de água e fertilizantes e melhorar a gestão de pragas.&nbsp;</p></blockquote><h3>Parcerias Locais e Internacionais</h3><p>O sucesso de qualquer iniciativa de transformação dos sistemas alimentares depende de uma cooperação ampla e multissetorial. Os ODS incentivam a formação de parcerias, tanto a nível global como local, envolvendo governos, organizações não governamentais, setor privado e comunidades. A partilha de conhecimento, a transferência de tecnologia e a alocação de recursos são pilares fundamentais para que as metas de erradicação da fome e melhoria da nutrição sejam alcançadas de forma efetiva.</p><figure id="figure-gj26okt1wmm8j2ymbm"><img id="gj26okt1wmm8j2ymbm" src="https://media.gettyimages.com/id/1199905534/pt/foto/mother-nature-spoils-those-who-treat-her-well.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=D-GyPCrkAbTbMc3pus7T6JxxVt3zVeN6oQJSnvXQoDU=" alt="Mãe natureza estraga aqueles que tratá-la bem" title="Mãe natureza estraga aqueles que tratá-la bem" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/1199905534/pt/foto/mother-nature-spoils-those-who-treat-her-well.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=D-GyPCrkAbTbMc3pus7T6JxxVt3zVeN6oQJSnvXQoDU=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>Estas colaborações permitem o desenvolvimento de políticas alinhadas entre diferentes países e regiões, e criam soluções inovadoras para problemas comuns. Além disso, as parcerias fomentam a aprendizagem mútua, através da troca de experiências e boas práticas, assegurando que o esforço conjunto produza resultados mais sólidos e duradouros.</p><h3><strong>Nutrição e Qualidade de Vida</strong></h3><p>Para além de aumentar a disponibilidade de alimentos, é imprescindível que estes sejam nutritivos e seguros. A nutrição adequada tem um impacto direto na saúde, no desenvolvimento infantil e na produtividade dos adultos. Como tal, os ODS defendem políticas e programas que promovam hábitos alimentares saudáveis e equilibrados, com destaque para a educação nutricional, &nbsp;o apoio à produção local de produtos diversificados e ricos em nutrientes e o respeito pela sazonalidade.</p><blockquote><p>Ao adotar práticas agrícolas sustentáveis, reduzir o desperdício alimentar, investir em inovações tecnológicas, promover parcerias sólidas e reforçar a educação nutricional, estamos a dar passos concretos para construir um futuro mais resiliente, equitativo e sustentável.</p></blockquote><p>A adoção de dietas mais equilibradas e sustentáveis não só contribui para o bem-estar individual, como também ajuda a reduzir a pressão sobre os ecossistemas. A diversificação alimentar e a adoção de práticas culinárias saudáveis, baseadas na produção de proximidade, são passos importantes para mitigar problemas como a obesidade, a desnutrição e a carência de micronutrientes, ao mesmo tempo que se preservam recursos naturais e tradições culinárias regionais.</p><figure id="figure-ri4c3v6qphm8j304q4"><img id="ri4c3v6qphm8j304q4" src="https://media.gettyimages.com/id/889095778/pt/foto/thats-a-good-sheep.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=81hQ7duNqHs3JAhXk4UN7FxnfQgM-ZnEVP6RRDqcfpg=" alt="Isso é uma boa ovelha" title="Isso é uma boa ovelha" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/889095778/pt/foto/thats-a-good-sheep.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=81hQ7duNqHs3JAhXk4UN7FxnfQgM-ZnEVP6RRDqcfpg=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>A transformação dos sistemas alimentares é fundamental para concretizar a visão abrangente dos ODS de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição. Ao adotar práticas agrícolas sustentáveis, reduzir o desperdício alimentar, investir em inovações tecnológicas, promover parcerias sólidas e reforçar a educação nutricional, estamos a dar passos concretos para construir um futuro mais resiliente, equitativo e sustentável.</p><p>É através da conjugação de esforços globais e locais que será possível enfrentar os desafios de alimentar uma população em crescimento, salvaguardando ao mesmo tempo o planeta para as gerações vindouras. Desta forma, os ODS servem como uma bússola, orientando-nos na direção de sistemas alimentares capazes de fornecer não apenas alimentos para todos, mas também oportunidades de desenvolvimento e prosperidade para as comunidades em todo o mundo.</p><p><br></p>

A Transformação dos Sistemas Alimentares à Luz dos ODS

<p>Quando pensamos em alimentação saudável, a Dieta Mediterrânica surge imediatamente como referência, bastante reconhecida pelos seus benefícios para a saúde. No entanto, existe outra tradição alimentar, profundamente enraizada no norte de Portugal e na Galiza, que continua subvalorizada: <strong>a Dieta Atlântica.</strong></p><p>Este padrão alimentar destaca-se pelo consumo regular de produtos frescos e sazonais, como peixe, marisco, legumes, frutas, pão, laticínios e pela utilização de azeite como principal fonte de gordura, acompanhada por vinho em quantidades moderadas a acompanhar as refeições.</p><figure id="figure-t7qzfhtxxkm86815h1"><img id="t7qzfhtxxkm86815h1" src="https://media.gettyimages.com/id/1401460440/photo/fresh-vegetables-for-a-beautiful-woman.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=AsU4iN9NpEf9M_vXgp_6e2FzRJrI4tzZmwSwVWvqbWc=" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/1401460440/photo/fresh-vegetables-for-a-beautiful-woman.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=AsU4iN9NpEf9M_vXgp_6e2FzRJrI4tzZmwSwVWvqbWc=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p><br>&nbsp;Apesar das semelhanças com a Dieta Mediterrânica, onde a base vegetal e o azeite também têm um papel preponderante, a Dieta Atlântica distingue-se pelo maior consumo de peixe, sobretudo peixes gordos e marisco, pela preferência por carnes magras em detrimento de carnes vermelhas e pela maior inclusão de produtos lácteos na alimentação diária. Estas diferenças refletem a realidade geográfica e cultural das regiões atlânticas, onde o clima, o relevo e a proximidade do mar influenciam naturalmente a disponibilidade de ingredientes.</p><blockquote><p>Este padrão alimentar destaca-se pelo consumo regular de produtos frescos e sazonais, como peixe, marisco, legumes, frutas, pão, laticínios e pela utilização de azeite como principal fonte de gordura, acompanhada por vinho em quantidades moderadas a acompanhar as refeições.</p></blockquote><p>Estudos recentes – incluindo investigações de universidades galegas – demonstram que a Dieta Atlântica se associa a uma melhoria substancial da saúde metabólica e a baixas taxas de mortalidade por cardiopatia isquémica, especialmente no norte de Espanha e em Portugal. Assim como, evidencia níveis reduzidos de fatores de risco cardiovascular, como colesterol, triglicerídeos, proteína C reativa (um marcador de inflamação), resistência à insulina, pressão arterial, peso corporal e perímetro da cintura.&nbsp;</p><figure id="figure-i9ldnseufam8681wb9"><img id="i9ldnseufam8681wb9" src="https://media.gettyimages.com/id/478882431/pt/foto/brassica-juncea.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=EkAohqrARmtydFvxORaj7Zzmw44fkbvUE5vIjBtCFEg=" alt="Mostarda Juncea" title="Mostarda Juncea" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/478882431/pt/foto/brassica-juncea.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=EkAohqrARmtydFvxORaj7Zzmw44fkbvUE5vIjBtCFEg=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>De acordo com a professora Ortolá, “a Dieta Atlântica relaciona-se com menor risco de doenças cardiovasculares, como o enfarte do miocárdio, menor mortalidade por causas cardiovasculares em pessoas de todas as idades, e ainda pode reduzir o risco de depressão e influenciar positivamente a microbiota intestinal, com implicações para a saúde digestiva e geral.” Em termos de obesidade, tem sido igualmente associada à redução do índice de massa corporal e de medidas de adiposidade.</p><p><a title="La dieta que puede destronar a la mediterránea" href="https://www.deia.eus/salud/2025/03/08/impacto-positivo-dieta-atlantica-mediterranea-9371650.html" target="_blank" rel="noopener" data-mce-href="https://www.deia.eus/salud/2025/03/08/impacto-positivo-dieta-atlantica-mediterranea-9371650.html">https://www.deia.eus/salud/2025/03/08/impacto-positivo-dieta-atlantica-mediterranea-9371650.html</a></p><p>Apesar destes benefícios reconhecidos, em Portugal, esta tradição alimentar permanece relativamente desconhecida para a maioria da população, ofuscada pela forte promoção da Dieta Mediterrânica. No entanto, promover a Dieta Atlântica significa valorizar a identidade gastronómica do norte do país, incentivar o consumo de produtos locais e sazonais e fomentar hábitos mais saudáveis e sustentáveis.&nbsp;</p><p>É crucial investir em investigação, divulgação e integração deste padrão alimentar nas políticas de saúde e no turismo gastronómico, para que seja reconhecido e adotado a nível nacional.</p><figure id="figure-2t7seje4mim8682d1h"><img id="2t7seje4mim8682d1h" src="https://media.gettyimages.com/id/1436900776/pt/foto/fresh-seafood-shrimps-served-on-table-with-wine.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=rvfo5fWscIoWkE-v7NRzZBGjpi5qt-FPCwg51vyGcOI=" alt="Camarões frescos de frutos do mar servidos à mesa com vinho" title="Camarões frescos de frutos do mar servidos à mesa com vinho" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://media.gettyimages.com/id/1436900776/pt/foto/fresh-seafood-shrimps-served-on-table-with-wine.jpg?b=1&amp;s=2048x2048&amp;w=0&amp;k=20&amp;c=rvfo5fWscIoWkE-v7NRzZBGjpi5qt-FPCwg51vyGcOI=" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>No final das contas, o que comemos reflete não só a nossa história e cultura, mas também o território que habitamos. Se queremos preservar e potenciar este património alimentar, é tempo de trazer a Dieta Atlântica para o centro das discussões sobre alimentação saudável em Portugal.</p><p>#DietaAtlântica #AlimentaçãoSaudável #Sustentabilidade #CulturaGastronómica #Portugal</p><p><br></p>

Dieta Atlântica: Património Alimentar a Recuperar

<p>A gastronomia é um dos pilares que sustenta a identidade de um território. Em <strong>Ponte de Lima,</strong> esta ligação entre a cultura e a inovação ganhou uma nova dimensão com a candidatura à <strong>Rede de Cidades Criativas da UNESCO,</strong> uma iniciativa que não se limita à preservação dos saberes e sabores locais, mas procura construir um sistema alimentar mais sustentável, capaz de enfrentar os desafios do futuro. Enquanto doutorando a estudar a relação entre sistemas alimentares e a sustentabilidade dos territórios, e também consultor nesta área, tive o privilégio de organizar e promover um ciclo de <strong>Food Design Thinking </strong>que reuniu cozinheiros, produtores, investigadores, decisores politicos, docentes e técnicos especializados para pensar formas de valorizar a gastronomia limiana e torná-la um motor de desenvolvimento e coesão social.</p><figure id="figure-yvnkz5vwggm7d9sl7v"><img id="yvnkz5vwggm7d9sl7v" src="https://cdn.durable.co/blocks/230Jku7QHAj1Q0KMXkchBr66IyaGmHiz79LgOrSB1IjiUkbEUW0GT9a6Oepa3bqM.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/230Jku7QHAj1Q0KMXkchBr66IyaGmHiz79LgOrSB1IjiUkbEUW0GT9a6Oepa3bqM.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p><br></p><blockquote><p>A gastronomia é um dos pilares que sustenta a identidade de um território. Em <strong>Ponte de Lima,</strong> esta ligação entre cultura e inovação ganhou uma nova dimensão com a candidatura à Rede de Cidades <strong>Criativas da UNESCO...&nbsp;</strong></p></blockquote><h3><strong>Da Tradição à Inovação: Os Quatro Eixos de Trabalho</strong></h3><p>Ao longo de quatro sessões intensivas, os participantes foram convidados a explorar diferentes desafios relacionados com a alimentação sustentável e o papel da gastronomia no desenvolvimento territorial. O trabalho organizou-se em quatro grandes eixos temáticos, que refletem os principais desafios e oportunidades da alimentação no século XXI:</p><p>🔹<strong> Sabores que Sustentam Territórios</strong><br>A valorização dos produtos locais esteve no centro das discussões. <strong>Como podemos reforçar a ligação entre os produtores e a restauração? Como garantir que os ingredientes locais são protagonistas da identidade gastronómica de Ponte de Lima?</strong> A criação de um calendário de produtos sazonais e um centro logístico de abastecimento local foram algumas das propostas que surgiram na discussão, para apoiar uma cadeia alimentar mais curta, sustentável e eficiente.</p><p><strong>🔹 Escolhas com Sabor e Consciência</strong><br>O consumo responsável e a literacia alimentar são fundamentais para um sistema alimentar sustentável. <strong>Como promover escolhas informadas junto dos consumidores? Como incentivar práticas mais saudáveis no setor da restauração? </strong>Entre as propostas desenvolvidas, destacam-se os programas de literacia alimentar para escolas e famílias, visitas pedagógicas a produtores locais e a promoção de restaurantes sustentáveis, que poderá incentivar as boas práticas na gastronomia local.</p><figure id="figure-da0pcdqdhgrm7d9vm7f"><img id="da0pcdqdhgrm7d9vm7f" src="https://cdn.durable.co/blocks/33pe9qzaFYlrnYx6hHcwGrpYGXZwx1yTJ2RQDZcFJrjlzlMJVPPMZRsgoiqiWL1x.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/33pe9qzaFYlrnYx6hHcwGrpYGXZwx1yTJ2RQDZcFJrjlzlMJVPPMZRsgoiqiWL1x.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>🔹<strong> Nada se Perde, Tudo se Transforma</strong><br>A luta contra o desperdício alimentar foi outro dos grandes temas trabalhados. <strong>Como podemos reduzir o desperdício na restauração e na produção local? Como incentivar a reutilização criativa de ingredientes?</strong> Neste contexto, foram discutidas soluções como a melhoria da gestão de stocks na restauração, o desenvolvimento de novos produtos sustentáveis a partir de excedentes alimentares (como compotas, caldos e snacks saudáveis) e a criação de um sistema de redistribuição de excedentes para apoiar a comunidade.</p><figure id="figure-6rbw4gsnepm7d9v16b"><img id="6rbw4gsnepm7d9v16b" src="https://cdn.durable.co/blocks/23AeFiEUMcOdtG4FCFHrxqfkpej2mfRspBscpGDefmkGoLNVBeQLWyJOzSXcrnP8.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/23AeFiEUMcOdtG4FCFHrxqfkpej2mfRspBscpGDefmkGoLNVBeQLWyJOzSXcrnP8.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p><strong>🔹 Escolas que Nutrem o Futuro</strong><br>A educação alimentar tem um papel essencial na transformação do sistema alimentar. <strong>Como podemos formar as novas gerações para um consumo mais sustentável? Como incluir a alimentação e a gastronomia nos currículos escolares?</strong> As propostas passaram pela criação de clubes de nutrição e oficinas gastronómicas nas escolas, promovendo a ligação entre os mais jovens e os produtos locais, assim como pelo desenvolvimento de materiais pedagógicos sobre alimentação sustentável.</p><h2><strong>Food Design Thinking: Uma Ferramenta para o Futuro</strong></h2><p><br>O<strong> Food Design Thinking</strong> foi a metodologia escolhida para estruturar este processo de cocriação. A abordagem, que combina design estratégico, inovação social e pensamento criativo, permitiu gerar ideias baseadas nas necessidades reais do território, garantindo que as soluções propostas são adaptáveis, sustentáveis e exequíveis.</p><blockquote><p>Este trabalho reflete um compromisso de longo prazo com a gastronomia sustentável e a valorização dos produtos locais.</p></blockquote><figure id="figure-yk20dp1q1m7dawbov"><img id="yk20dp1q1m7dawbov" src="https://cdn.durable.co/blocks/70KxlzUDdH5VAlka9ey32oRqY1Vno9w8BWbdaCSADL2pEZ0kGMJHd8g40cY7ipBj.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/70KxlzUDdH5VAlka9ey32oRqY1Vno9w8BWbdaCSADL2pEZ0kGMJHd8g40cY7ipBj.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>Mais do que um exercício para fortalecer a candidatura de <strong>Ponte de Lima à UNESCO</strong>, este trabalho reflete um compromisso de longo prazo com a gastronomia sustentável e a valorização dos produtos locais. Independentemente do resultado da candidatura, as propostas desenvolvidas serão implementadas de forma progressiva, reforçando o papel de <strong>Ponte de Lima</strong> como um território pioneiro na valorização da gastronomia e na promoção de sistemas alimentares sustentáveis.</p><h3><strong>Muito Mais do que um Trabalho, uma Experiência Transformadora</strong></h3><p>Este processo não foi apenas um desafio profissional – foi uma experiência profundamente enriquecedora. Trabalhar com uma rede tão diversa de pessoas, onde cada perspetiva acrescentava valor e cada ideia ganhava forma através da colaboração, foi um verdadeiro privilégio. Foi inspirador ver como, quando se cria espaço para a partilha, surgem soluções que não pertencem a ninguém em particular, mas a todos.</p><figure id="figure-nn27lm0innm7db23mn"><img id="nn27lm0innm7db23mn" src="https://cdn.durable.co/blocks/7mVRyDdavNd5rFbKVhKmqSNqY4aN7UL8QGaZZnJyPD2OnTp8Y73kF06q1SHx6GFr.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/7mVRyDdavNd5rFbKVhKmqSNqY4aN7UL8QGaZZnJyPD2OnTp8Y73kF06q1SHx6GFr.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>A gastronomia não é apenas um setor económico ou uma tradição cultural – é um ponto de encontro onde histórias, saberes e inovação convergem para transformar territórios. Este trabalho em <strong>Ponte de Lima</strong> reforçou a minha convicção de que a alimentação sustentável só se constrói com envolvimento coletivo, criatividade e um profundo respeito pelo que a terra nos dá. E, acima de tudo, deixou-me com uma certeza: quando trabalhamos juntos para imaginar um futuro melhor, ele torna-se possível.</p>

Ponte de Lima Rumo à UNESCO: Criatividade, Gastronomia e Sustentabilidade

<p>No passado dia 8 e 9 de Outubro organizamos a visita do projeto FEAST ao território do alto Minho. Nesses dias o FEAST reuniu uma delegação internacional composta por investigadores, produtores locais, representantes escolares e especialistas em sustentabilidade alimentar para uma visita à região do Alto Minho. O objetivo das visitas foi explorar as boas práticas locais na produção sustentável e na promoção de uma alimentação saudável, enfatizando a importância da ligação entre produtores e cantinas escolares.</p><p>O roteiro da visita abrangeu as sub-regiões do Vale do Lima e do Vale do Minho, permitindo à comitiva conhecer de perto projetos inovadores e iniciativas comunitárias que estão a transformar o sistema alimentar da região. Estas ações visam apoiar a economia local, promover hábitos alimentares saudáveis e preservar o património natural.</p><figure id="figure-p4mhrbdqvm290tk46"><img id="p4mhrbdqvm290tk46" src="https://cdn.durable.co/blocks/1b5r1e85qZbvSmk1nI6k4tF7jPw1FVyJl6EyWWZjdYVZVRbQiMkBgyELrLWCXiK5.jpg" alt="people sitting on chair in front of table while holding pens during daytime" title="people sitting on chair in front of table while holding pens during daytime" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/1b5r1e85qZbvSmk1nI6k4tF7jPw1FVyJl6EyWWZjdYVZVRbQiMkBgyELrLWCXiK5.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2><strong>Centro Educativo da Facha e a Escola EB1 de Ponte de Lima</strong></h2><p><strong>Visita ao Vale do Lima:</strong></p><p>A comitiva iniciou o dia na sub-região do Vale do Lima, visitando o Centro Educativo da Facha e a Escola EB1 de Ponte de Lima. Aqui, foi possível conhecer o modelo de gestão direta das cantinas, onde associações de pais compram produtos diretamente de produtores locais, promovendo assim uma alimentação de qualidade e incentivando o consumo de produtos frescos e sazonais. O município de Ponte de Lima está a trabalhar para expandir este modelo a todas as escolas, garantindo, ainda, o acesso a lanches gratuitos para alunos carenciados e promovendo iniciativas sustentáveis, como o projeto Pulmão Verde.</p><p>Outro destaque da visita foi a apresentação do Mercado Agroalimiano, que envolve junta e promove o trabalho de 25 produtores locais e oferece mais de 200 produtos sazonais. Este mercado desempenha um papel essencial na ligação entre as cantinas escolares e os produtores, assegurando a frescura e qualidade dos alimentos. A Dra. Lúcia Pereira, responsável pelo projeto, enfatizou a importância de integrar os produtores locais na cadeia de abastecimento das escolas.</p><p>No entanto, foi sublinhado um desafio relevante: a capacidade limitada dos pequenos produtores para fornecer produtos de forma consistente às cantinas escolares, assim como as dificuldades geradas pelas ferramentas para compras públicas, que frequentemente dificultam o acesso dos pequenos produtores a este tipo de mercado.</p><figure id="figure-noyc5kk259m290un9a"><img id="noyc5kk259m290un9a" src="https://cdn.durable.co/blocks/12tdJp4Df797ToEGM1akD5dbCFQyOjU0ZGYwGJC9qv5POUMsNBQUjTDe3ADU4xgF.jpg" alt="Managing the day's inquiries" title="Managing the day's inquiries" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/12tdJp4Df797ToEGM1akD5dbCFQyOjU0ZGYwGJC9qv5POUMsNBQUjTDe3ADU4xgF.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>Educação, Rigor e Preservação na Escola Superior Agrária</h2><p>A comitiva também visitou a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (ESA-IPVC), onde os investigadores do FEAST conheceram o trabalho desenvolvido na formação e capacitação de profissionais nas áreas de sustentabilidade. A Dra. Ana Cristina Rodrigues, subdiretora da ESA, destacou a importância da educação na preservação ambiental e no desenvolvimento agrícola sustentável para a região, preparando profissionais para enfrentar os desafios do setor.</p><figure id="figure-17b0xn2sjpm290veqm"><img id="17b0xn2sjpm290veqm" src="https://cdn.durable.co/blocks/38cLIbUZ49HLptLeO1pkcKsvJShSi1o9QhUd3yFg3ATsEifuBr1k0cEfkOVQslbo.jpg" alt="green and black computer motherboard" title="green and black computer motherboard" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/38cLIbUZ49HLptLeO1pkcKsvJShSi1o9QhUd3yFg3ATsEifuBr1k0cEfkOVQslbo.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>Biodiversus: Inovação na Produção Sustentável</h2><p>O dia, para este grupo, terminou com a apresentação da Biodiversus, uma empresa dedicada à produção sustentável de hortofrutícolas. Lia Ferreira, fundadora da empresa, compartilhou a sua experiência e os desafios do setor, destacando a necessidade de respeitar o planeta enquanto se promove a produção biológica.</p><figure id="figure-9xmra4ypvm290w626"><img id="9xmra4ypvm290w626" src="https://cdn.durable.co/blocks/22YfWX2iHKEWMT8tbzrIvek3S2N90NrL1wtP2bPi7PXEW5RwcIhJyQf86YLHjXLj.jpg" alt="two gray pencils on yellow surface" title="two gray pencils on yellow surface" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/22YfWX2iHKEWMT8tbzrIvek3S2N90NrL1wtP2bPi7PXEW5RwcIhJyQf86YLHjXLj.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>Mercado de Peixe de Caminha</h2><p>Visitas no Vale do Minho:</p><p>Para o grupo que optou por conhecer a região do Minho, a visita começou no Mercado de Peixe de Caminha, onde a vereadora Sandra Fernandes apresentou o trabalho desenvolvido em colaboração com pescadores e produtores locais. O mercado, apoiado por fundos europeus, promove cadeias curtas de produção, ligando diretamente os pescadores aos consumidores, incluindo as cantinas escolares.</p><figure id="figure-abfhefiya8m290x0py"><img id="abfhefiya8m290x0py" src="https://cdn.durable.co/blocks/bbrLIkfioIM1w1A50BNT6BpcOxvO3dn1A5raDv1PX8tCGwaBcJmfrrsRZVnR3P6P.jpg" alt="Creative team working at the office" title="Creative team working at the office" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/bbrLIkfioIM1w1A50BNT6BpcOxvO3dn1A5raDv1PX8tCGwaBcJmfrrsRZVnR3P6P.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><p>Seguiu-se uma visita ao Aquamuseu do Rio Minho, onde Carlos Antunes discutiu os esforços de conservação das espécies nativas do rio e a colaboração com parceiros espanhóis. O museu é um centro vital para a preservação do património natural e cultural da região.</p><figure id="figure-uiw6ivi6em290xva6"><img id="uiw6ivi6em290xva6" src="https://cdn.durable.co/blocks/31YfOIdJU7vWDeJxYssKeqxoppZYjxA9WaHcc3BuL9WoR9Gau8ccurOirOD7BQIr.jpg" alt="Excited call centre agents, fist bump and celebrating deal, promotion and sale from above in office. Motivated, happy and successful telemarketing colleagues or customer support operators cheering" title="Excited call centre agents, fist bump and celebrating deal, promotion and sale from above in office. Motivated, happy and successful telemarketing colleagues or customer support operators cheering" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/31YfOIdJU7vWDeJxYssKeqxoppZYjxA9WaHcc3BuL9WoR9Gau8ccurOirOD7BQIr.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>ADRIMINHO: Promotora de Alimentação Saudável</h2><p>A tarde culminou com a apresentação do Projeto AlimentAÇÃO pela ADRIMINHO, focando na promoção de uma alimentação saudável e sustentável nas escolas da região. Carlos Brandão destacou o impacto das iniciativas em municípios como Caminha, Valença e Melgaço, abordando a necessidade de combater o desperdício alimentar e promover dietas equilibradas.</p><p><br></p><h2>Produção Hortícola Sustentável no Val de Patas</h2><p>O dia terminou na Quinta Val de Patas, onde Marco Carvalho demonstrou práticas agrícolas sustentáveis. Apesar dos desafios enfrentados pelos pequenos produtores, o trabalho da ADRIMINHO tem sido fundamental para integrar mais agricultores nas cadeias curtas de fornecimento alimentar.</p><figure id="figure-c48f2bzdkm290ypli"><img id="c48f2bzdkm290ypli" src="https://cdn.durable.co/blocks/1etM141BNz4P61zESlXGqNBKsdDwOzwNiIK84dzRkCk4awSIBUVXlBcbeccBylvk.jpg" alt="photography of three women sits beside table inside room during daytime" title="photography of three women sits beside table inside room during daytime" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/1etM141BNz4P61zESlXGqNBKsdDwOzwNiIK84dzRkCk4awSIBUVXlBcbeccBylvk.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>As visitas continuaram no segundo dia de trabalhos</h2><p>No segundo dia de trabalhos, a 9 de outubro, os grupos de trabalho do projeto FEAST reuniram-se para trocar impressões sobre as visitas realizadas aos territórios do Lima e do Minho.&nbsp;</p><p>As discussões revelaram soluções inovadoras que abriram caminho para novas oportunidades de implementação no terreno, tais como o fortalecimento das cadeias curtas de abastecimento para as cantinas escolares, a valorização de produtos locais e sazonais nas ementas, e a criação de hortas escolares, reconhecidas como essenciais para o desenvolvimento psico-social dos alunos.</p><p>Além disso, foram destacados pontos cruciais para melhorar a cooperação e integração de todos os stakeholders no processo de tomada de decisão. Um dos principais temas abordados foi a importância de as entidades regionais expressarem as suas necessidades específicas, para que estas sejam refletidas em legislação europeia mais favorável ao uso de fundos comunitários, especialmente no apoio aos pequenos produtores, que enfrentam dificuldades na concorrência com grandes cadeias de abastecimento.</p><p>Estas dinâmicas promoveram uma experiência transformadora e reforçaram o compromisso coletivo com a sustentabilidade alimentar, sublinhando a importância de uma alimentação mais saudável e inclusiva. As estratégias discutidas visam fortalecer a resiliência das comunidades e fomentar a inovação colaborativa em várias regiões da Europa.</p><figure id="figure-qalwg721vm290ze1y"><img id="qalwg721vm290ze1y" src="https://cdn.durable.co/blocks/35WdNGrOqFcTkKNzHppo2v7Sebrg3W5trA3gfb0xPg2xJz1XmEOOtHQjPHz0LogD.jpg" alt="business people doing calculations analyze the work at the meeting" title="business people doing calculations analyze the work at the meeting" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/35WdNGrOqFcTkKNzHppo2v7Sebrg3W5trA3gfb0xPg2xJz1XmEOOtHQjPHz0LogD.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h2>Oportunidades e Desafios no Alto Minho</h2><p>As visitas ao Alto Minho revelaram o enorme potencial da região para a promoção de uma alimentação saudável e sustentável, mas também destacaram desafios significativos, como a capacidade limitada dos pequenos produtores para fornecer produtos de forma consistente e as barreiras impostas pelas ferramentas para compras públicas.&nbsp;</p><p>O projeto FEAST reafirma o seu compromisso em superar estes obstáculos, sensibilizando a comunidade para os benefícios da alimentação sustentável, promovendo cadeias curtas de abastecimento e valorizando produtos locais. As iniciativas desenvolvidas e as soluções inspiradoras discutidas ao longo destes dois dias constituem um modelo a seguir para o futuro do sistema alimentar europeu.</p><p><br></p><p>………………………………………………………………………………………………………………………………………………………</p><p><strong>Sobre o FEAST</strong></p><p>FEAST (Projeto Horizonte Europa 101060536) é financiado pela União Europeia no âmbito do HORIZON-CL6-2021-FARM2FORK-01-15. Os pontos de vista e opiniões expressos são, no entanto, da exclusiva responsabilidade do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente os da União Europeia. Nem a União Europeia nem a entidade que concedeu o financiamento podem ser responsabilizadas pelas mesmas.</p><p><br></p><p><strong>Sobre o Horizonte Europa</strong></p><p>O Horizonte Europa é o principal programa de financiamento da UE para a investigação e a inovação, com um orçamento de 95,5 mil milhões de euros. Combate as alterações climáticas, contribui para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e estimula a competitividade e o crescimento da UE. O programa facilita a colaboração e reforça o impacto da investigação e da inovação no desenvolvimento, no apoio e na aplicação das políticas da UE, ao mesmo tempo que dá resposta aos desafios globais. Apoia a criação e uma melhor dispersão de conhecimentos e tecnologias de excelência. Cria postos de trabalho, envolve plenamente a reserva de talentos da UE, estimula o crescimento económico, promove a competitividade industrial e optimiza o impacto do investimento no âmbito de um Espaço Europeu da Investigação reforçado. Podem participar entidades jurídicas da UE e dos países associados. Para mais informações sobre o Horizonte Europa, visite: https://ec.europa.eu/info/research-and-innovation/funding/funding-opportunities/funding-programmes-and-open-calls/horizon-europe_en</p><p><br></p>

FEAST Explora Sustentabilidade Alimentar no Alto Minho

<h2><strong>A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NA ORIGEM</strong></h2><p>A sustentabilidade alimentar e o impacto ambiental dos produtos que consumimos são temas que têm ganho proeminência no discurso global sobre a saúde do planeta. A preocupação crescente com a pegada ecológica dos sistemas alimentares conduziu a uma reflexão mais aprofundada sobre como e de onde provem os nossos alimentos. Neste enquadramento, a origem dos produtos emerge como um fator crítico, influenciando significativamente todo o ciclo de vida alimentar, desde a produção até ao consumo. Este processo interconectado destaca a necessidade de abordar as práticas sustentáveis em todas as etapas, particularmente em Portugal, onde a riqueza gastronómica e a diversidade agrícola fornecem um contexto único para explorar estas dinâmicas.</p><p>No centro desta discussão estão os restaurantes e as escolhas culinárias feitas em casa, ambos refletindo e influenciando as tendências de sustentabilidade alimentar. Os restaurantes, seja na vertente de cozinha tradicional ou moderna, são vitais na promoção de produtos locais e práticas sustentáveis, moldando as preferências dos consumidores e estimulando a procura por alimentos produzidos de forma responsável. A escolha de ingredientes locais, sazonais e de baixo impacto ambiental por estes estabelecimentos não só apoia a economia local, mas também contribui para uma menor pegada de carbono associada ao transporte de alimentos.</p><p><br>Da mesma forma, o que cozinhamos em casa reflete as nossas atitudes e valores relacionados com a sustentabilidade. As decisões de compra nos supermercados ou mercados locais, a preferência por produtos orgânicos ou de origem conhecida, e o esforço para reduzir o desperdício alimentar são aspectos que desempenham um papel crucial para impulsionar uma indústria alimentar mais sustentável.</p><p><br><strong>Se pensarmos na nossa gastronomia e a história associada à mesma, rapidamente percebemos que os pratos são o resultado do saber fazer versus os produtos disponíveis num determinado território, numa determinada época do ano. É por esta razão que temos uma imensa diversidade de pratos, quer por regiões, quer por estação do ano.</strong></p><p><br></p><p>Assim, ao explorar o impacto da origem dos produtos alimentares, abordaremos as várias etapas deste ciclo vital, destacando a situação em Portugal e estabelecendo paralelos com tendências globais. A intenção é refletir sobre como a proveniência dos alimentos influencia não só o meio ambiente, mas também a economia e o tecido social das comunidades, reforçando a ideia de que a sustentabilidade começa verdadeiramente na origem.</p><figure id="figure-18k5s6jnvltx8de95"><img id="18k5s6jnvltx8de95" src="https://cdn.durable.co/covers/119utV8UjSYUQgl5C6tNV3a0bLH6bNEDlgXLe3nOmmwUVTPQMoxeHsB3j4GYEtd8.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/covers/119utV8UjSYUQgl5C6tNV3a0bLH6bNEDlgXLe3nOmmwUVTPQMoxeHsB3j4GYEtd8.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>Produção Agrícola</h3><p>Na base da sustentabilidade alimentar está a produção agrícola, onde o método de cultivo determina significativamente a pegada ambiental do produto. A agricultura biológica e regenerativa, por exemplo, favorece a saúde do solo, a biodiversidade e reduz a necessidade de químicos sintéticos. Em Portugal, já existem excelentes exemplos, mas gostava de destacar o trabalho que faz na região do Alentejo o Francisco Alves na Herdade de São Luis, onde estivemos com o programa<strong> </strong><a data-mce-href="https://www.youtube.com/watch?v=6HkTCffP_L8&amp;t=1s" href="https://www.youtube.com/watch?v=6HkTCffP_L8&amp;t=1s" title="Como é criado o porco alentejano" target="_blank" rel="noopener"><strong>Vai Dar Uma Curva</strong> </a>e pode assistir a toda a entrevista no nosso canal no YouTube) destaca-se pela sua vasta área dedicada à agricultura regenerativa, mostrando um compromisso com práticas agrícolas sustentáveis</p><figure id="figure-ntkhcmo5jlty3ymev"><iframe id="ntkhcmo5jlty3ymev" src="https://www.youtube.com/embed/6HkTCffP_L8" class="w-full bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9;" allowfullscreen="" data-url="https://www.youtube.com/watch?v=6HkTCffP_L8" data-corners="no-rounded" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://www.youtube.com/embed/6HkTCffP_L8" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9;"></iframe></figure><blockquote><p>os pratos são o resultado do saber fazer versus os produtos disponíveis num determinado território, numa determinada época do ano.&nbsp;</p></blockquote><h3>Transporte e Distribuição</h3><p>A distância entre o local de produção e o ponto de consumo é outro fator crucial. Os produtos locais tendem a ter uma pegada de carbono menor devido às distâncias de transporte reduzidas. Portugal, com iniciativas como o projeto<strong><a data-mce-href="http://www.prove.com.pt/," href="http://www.prove.com.pt/," title="prove" target="_blank" rel="noopener"> "Prove",</a></strong> incentiva a distribuição local de produtos agrícolas, diminuindo o transporte de longa distância e promovendo a economia local, um movimento paralelo ao que ocorre em muitas partes do mundo com a valorização de mercados locais e sistemas alimentares regionais.</p><h3>Consumo e Conscientização</h3><p>A escolha do consumidor tem um impacto significativo na sustentabilidade alimentar. Em Portugal, há uma crescente valorização de produtos com certificação de origem protegida (DOP) e indicação geográfica protegida (IGP), que garantem não só a qualidade, mas também práticas sustentáveis de produção. Este movimento reflete uma consciência global sobre a importância de consumir produtos mais sustentáveis e eticamente responsáveis.</p><figure id="figure-71szvz7pwltx8drb5" class=""><img id="71szvz7pwltx8drb5" src="https://cdn.durable.co/blocks/19GDjRdW7NniesfSLS6FIslrdMm24oAkGIExBmNA9VyLZCAPPpDNeGipGozR6fua.jpg" alt="" title="" class="object-cover bg-gray-100" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/19GDjRdW7NniesfSLS6FIslrdMm24oAkGIExBmNA9VyLZCAPPpDNeGipGozR6fua.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>Desperdício Alimentar</h3><p>O desperdício alimentar é um problema global com implicações significativas na sustentabilidade. Em Portugal, iniciativas como a <a data-mce-href="https://zerodesperdicio.pt/" href="https://zerodesperdicio.pt/" title="Zero Desperdício&nbsp;">Zero Desperdício&nbsp;</a>, &nbsp;procuram combater este problema, promovendo a utilização integral dos alimentos e contribuindo para uma cadeia alimentar mais sustentável. Este esforço é refletido em campanhas internacionais que visam reduzir o desperdício em todas as fases da cadeia alimentar.</p><h3>Inovação e Tecnologia</h3><p>A adoção de tecnologias inovadoras na produção, processamento e distribuição de alimentos pode aumentar a sustentabilidade do sistema alimentar. Como é o caso do conceito <em>Smart Farming</em> ou agricultura inteligente, representa uma evolução significativa na forma como a agricultura e a pecuária são conduzidas, alinhando-se com os princípios da <strong>Quarta Revolução Industrial.&nbsp;</strong></p><p>Esta abordagem integra tecnologias avançadas, como a Internet das <strong>Coisas (IoT),</strong> análise de dados, robótica e inteligência artificial, para transformar o setor agrícola, tornando-o mais eficiente, produtivo e sustentável. O <em>smart farming</em> visa otimizar todos os aspectos do processo produtivo, desde o monitorização precisa das condições do solo e das culturas até à gestão automatizada do gado, assegurando uma utilização mais racional dos recursos naturais como água e energia, e reduzindo a necessidade de intervenções químicas através de uma gestão agrícola mais precisa e personalizada.</p><figure id="figure-l4lrhr6x69ltx8ewpx"><img id="l4lrhr6x69ltx8ewpx" src="https://cdn.durable.co/blocks/bqTmTtiZBksYLtRL3Do6hHDXeo0ipehoVJ2ic1EL7eAeHqBvBjK4fABNC8tId7Mr.jpg" alt="black and gray computer motherboard" title="black and gray computer motherboard" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/bqTmTtiZBksYLtRL3Do6hHDXeo0ipehoVJ2ic1EL7eAeHqBvBjK4fABNC8tId7Mr.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>Produção Sustentável</h3><p>A produção sustentável de alimentos foca na minimização do uso de recursos naturais, na redução de emissões de gases com efeito de estufa, na preservação da biodiversidade e no apoio às economias locais. Temos já excelentes exemplos como a agricultura biológica, que evita o uso de pesticidas químicos e fertilizantes sintéticos, demonstram como a produção sustentável pode ser implementada com sucesso, preservando a qualidade do solo e da água.</p><h3><br>Processamento e Embalagem</h3><p>O processamento e embalagem dos alimentos devem ser considerados na cadeia de sustentabilidade. Embalagens ecológicas, redução de plásticos de uso único e fábricas que utilizam energias renováveis são essenciais para diminuir o impacto ambiental.&nbsp;</p><h3><br>Distribuição e Consumo</h3><p>A distribuição de alimentos e o consumo local também desempenham um papel crucial na sustentabilidade. Promover circuitos curtos de comercialização, como os mercados locais e mercearias de proximidade, reduz o transporte e consequentemente as emissões de carbono. Além disso, fomenta a economia local e garante produtos mais frescos e saudáveis aos consumidores.</p><p><br>Procurei apresentar aqui um caminho em direção a um sistema alimentar sustentável, que reflete uma visão abrangente e que nos leva desde do prado até à mesa, integrando a inovação tecnológica com a tradição e a paixão pela gastronomia.<strong> Esta abordagem holística não só enriquece a herança cultural e gastronómica do país, mas também sinaliza um caminho promissor para um futuro em que a sustentabilidade alimentar seja a norma, beneficiando o ambiente, a economia e as comunidades locais. </strong>A transformação em curso, marcada pelo respeito à origem dos alimentos e pelo compromisso com práticas sustentáveis, destaca a importância de cada escolha que fazemos, demonstrando que, ao valorizarmos o que é nosso e cuidarmos do nosso planeta, podemos comer melhor e promover a economia local, garantindo mais pessoas nos territórios rurais.</p>

A SUSTENTABILIDADE COMEÇA NA ORIGEM

<h3>A sustentabilidade servida nas nossas mesas! Será a nossa gastronomia sustentável?&nbsp;</h3><h3>Como podem a gastronomia tradicional e a nova gastronomia serem mais sustentáveis?</h3><h3>Podemos ser mais sustentáveis na cozinha em casa?</h3><p>O Que é "Nose-to-Tail"?<br>Nose-to-tail é uma filosofia culinária que preconiza a utilização integral de um animal na cozinha, desde o focinho ("nose") até à cauda ("tail"). Esta abordagem tem origem em práticas ancestrais (bem conhecida e desenvolvida pelos portugueses) que valorizavam cada parte do animal e tem vindo a ganhar destaque contemporâneo sobretudo através de chefs e defensores da sustentabilidade alimentar.</p><p>O objectivo é minimizar o desperdício e prestar homenagem à vida do animal, aproveitando todas as suas partes, incluindo aquelas que normalmente são menos valorizadas ou descartadas.</p><h2>5 Razões Para Adoptar o Conceito Nose-to-Tail na Sua Cozinha&nbsp;</h2><figure id="figure-fzmwg8ooknltkfwyiu"><img id="fzmwg8ooknltkfwyiu" src="https://images.unsplash.com/photo-1682468247066-317816bc3ed7?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwyMHx8c3VzdGVudGFiaWxpZGFkZSUyMGFtYmllbnRhbHxlbnwwfHx8fDE3MTAwMTAyNjl8MA&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" alt="a waterfall in the middle of a lush green forest" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="no-rounded" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://images.unsplash.com/photo-1682468247066-317816bc3ed7?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwyMHx8c3VzdGVudGFiaWxpZGFkZSUyMGFtYmllbnRhbHxlbnwwfHx8fDE3MTAwMTAyNjl8MA&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>1-Sustentabilidade Ambiental</h3><p><br>Uma das maiores vantagens de adoptar o nose-to-tail é a redução do desperdício alimentar. Ao utilizar todas as partes do animal, reduzem-se os resíduos, algo benéfico para o ambiente. Adicionalmente, uma maior eficiência na utilização dos recursos contribui para uma menor pegada ecológica.</p><figure id="figure-gy2u2vromultkfzjwl"><img id="gy2u2vromultkfzjwl" src="https://cdn.durable.co/blocks/10clRlaemgxI10aU0BzVPWAiKdSNGqYGTZYDwjjMp2tttPfW03p2X98RleEMGAOB.jpg" alt="meeting near a transparent glass" class="object-cover bg-gray-100 " style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="no-rounded" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://cdn.durable.co/blocks/10clRlaemgxI10aU0BzVPWAiKdSNGqYGTZYDwjjMp2tttPfW03p2X98RleEMGAOB.jpg" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>&nbsp;2-Valorização do Animal</h3><p>A abordagem nose-to-tail é, em muitos aspectos, uma forma de mostrar respeito e apreço pela vida animal. Ao usar todas as partes, minimiza-se o número de animais necessários para satisfazer as nossas necessidades alimentares e reconhece-se o valor intrínseco de cada vida.</p><h3>3-Descoberta de Sabores Únicos</h3><p><br>Se está farto dos cortes de carne convencionais, a culinária nose-to-tail oferece uma panóplia de sabores e texturas a explorar. Moelas, corações, miolos e até patas podem ser transformados em pratos deliciosos e nutritivos quando preparados de forma adequada.</p><figure id="figure-ffn39hs5lltkg3mep"><img id="ffn39hs5lltkg3mep" src="https://images.unsplash.com/photo-1629597657579-540a144daf3a?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwxNXx8cGlnfGVufDB8fHx8MTcxMDAxMDUyM3ww&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" alt="white and brown cow on brown dried leaves during daytime" class="object-cover bg-gray-100 rounded-lg md:rounded-xl lg:rounded-2xl" style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;" data-corners="default" data-aspect="16:9" data-caption="" data-positionx="undefined" data-positiony="undefined" data-fullwidth="false" data-mce-src="https://images.unsplash.com/photo-1629597657579-540a144daf3a?crop=entropy&amp;cs=tinysrgb&amp;fit=max&amp;fm=jpg&amp;ixid=M3wyNjI5NjF8MHwxfHNlYXJjaHwxNXx8cGlnfGVufDB8fHx8MTcxMDAxMDUyM3ww&amp;ixlib=rb-4.0.3&amp;q=80&amp;w=1080" data-mce-style="aspect-ratio: 16/9; object-position: center center;"></figure><h3>4-Benefícios Nutricionais</h3><p><br>Muitas partes do animal que são frequentemente descartadas são, na realidade, altamente nutritivas. Órgãos como o fígado e o coração são ricos em nutrientes como ferro, zinco e vitaminas do complexo B. O colagénio encontrado em partes como ossos e cartilagens é excelente para a saúde das articulações e da pele.</p><blockquote><p>&nbsp;A filosofia nose-to-tail não é apenas uma tendência, mas sim um regresso a uma abordagem mais sustentável e consciente da culinária.&nbsp;<br>&nbsp;</p></blockquote><h3>5-Poupança</h3><p><br>Por fim, adoptar uma abordagem nose-to-tail é frequentemente mais económica. Partes menos convencionais do animal tendem a ser mais baratas e podem ser transformadas em pratos saborosos e gratificantes com um pouco de perícia e criatividade na cozinha.</p><h3>Conclusão</h3><p><br>A filosofia nose-to-tail não é apenas uma tendência, mas sim um regresso a uma abordagem mais sustentável e consciente da culinária. Quer seja um chef profissional ou simplesmente alguém que gosta de cozinhar em casa, há muitas razões válidas para incorporar este conceito no seu repertório culinário. Não é apenas uma forma de ser mais responsável em relação ao ambiente e à vida animal, como também é uma excelente oportunidade para alargar os seus horizontes gastronómicos e nutricionais.</p>

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